Nunca!


Quem não compreende meus textos de certa forma está mais próximo a mim. A incompreensão faz parte do dia a dia, a bagunça dos sentimentos, dos objetos, das roupas, dos cabelos, da maquiagem.
Tudo está revirado,
Eu sou uma mulher inacabada eternamente, sempre fugindo de si quando lhe parece difícil.
Eu me transmuto, mudo a cor dos olhos, enxergo o que me convém, acorrento o coração do lado de fora de casa perto dos cães para que ele não ouse se movimentar, tentar gesticular e muito menos amar.
Sempre quis voltar para casa preenchida, e isso sempre me foi negado, quem um dia irá ajudar a carregar as minhas malas em fuga? Acabo por comprar uma em que se usa rodinhas...
E mesmo que todos os dias que me restam, aos quais julgo serem muitos e os espero assim, nunca tentei contra a minha própria vida física, a única morte que permito me dar é a dos sentimentos falidos, preservando os que de bom me foi ofertado.
Atentar aqueles que me amam contra aquele que pelo mesmo amor me feriu, isso nunca.

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