Me ignorem, vão em frente e pisem na minha cabeça.
E eu me afasto, não alegro, não orgulho.Deve ser difícil para ela, para todos eles explicarem...O é para mim também, não é?
Me afasto e me afastarei cada dia mais um pouco, na ânsia de não causar mais estranhamento, eu sou a árvore seca, que não deu e não lhe trará frutos.
Eu sou a vergonha, a mulher sozinha dentre todas.Nada que possa fazer irá agrada-los orgulha-lhos, sou seca uma mulher sem futuro marido e filhos.
Mudam se os argumentos, ela é difícil...tem personalidade difícil...não sabem o que dizer.
Eu me entristeço e me vejo perdida, me incomoda incomodar. É tão ridículo...tão antigo ao mesmo tempo. Eu tenho 23 anos hoje e é assim, se eu chegar aos 35 sem filhos acho que já não terei mais família terei sido excomungada...
Me repito né blog, mas é assim em algum lugar eu tenho q extravasar além das lágrimas, calem-se e exercitem a tolerância...
Eu continuo o máximo que posso calada, aí coloco os meus pontos de vista, todas elas mulheres casadas antes dos 20 anos, virgens puras e tolas.
Saídas da escola antes do tempo, todas sem profissão, formadas dentro da religião e do casamento eterno mesmo que torture.
Elas não tiveram escolha...era a sobrevivência delas...era o amor romântico tolo que elas acreditavam, que há vinte anos era raro hoje inexiste.
Elas temem que eu passe fome, que não tenha um HOMEM para decidir as coisas por mim, aonde irei o que posso vestir, que horas devo chegar...
Elas temem que eu seja apontada como a mulher que sobrou, que eu seja somente tia e não mãe...
Eu tenho que entende-las colocá-las em contexto, elas poderiam apenas me ignorar.
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