Eu ainda escrevo, para olhos cegos, para ouvidos surdos e corações ocos


A arte da sanidade mental, é não pensar e refletir sobre si mesmo.
Mas eu, costumo fazer isso de quando em quando, as vezes faço várias vezes ao dia, sempre me depreciando, me deprimindo, me exigindo, me cobrando, me odiando, e fico mau.
Eu ainda escrevo, quando tudo aqui dentro vira uma zona, quando me açoito mentalmente,
niguém lê, ouve, ou vê.
Eu sou invisível.
E invisível são meus sentimentos
Queria alguém pra me colocar no colo.
Alguém que me sequestrasse de mim
Me tirasse da rotina
Me tirasse da minha vida
Mas ao mesmo tempo
Me sinto bem sozinha,
Sinto uma necessidade de isolamento
De silêncio
De ambiente fechado longe de tudo e todos
A felicidade alheia me incomoda
Incomoda tanta positividade
Incomoda tanto otimismo
Não me vitimizo
Apenas não fui escolhida para a tal felicidade
Ou talvez estar fora dos padrões doa mais que imaginei
Vale a pena
Mas traz as penas...

Talvez minha sina seja
Analisar minha vida como uma expectadora de si própria
Que mau consegue entender o que a doida personagem faz ou busca
Eu estou perdida em grande parte do tempo
Sigo as setas
Sigo as regras
Travo os sentimentos
Travo o coração
Sigo no piloto automático
Mas o tempo
A o tempo
Cruel e impiedoso
Ele corre
Desinibido
Distraído
Levando tudo
A vida
Os anos
Leva tudo
E eu ainda escrevo
Para olhos cegos
Para ouvidos surdos
E corações ocos
Porque talvez o meu o seja.




















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