Relendo.


O melhor é não pensar, não esmiuçar e principalmente não reler... Aquelas folhas de papel que formam o seu diário.
São surpreendentes demais, podem esconder uma caixa com um palhaço dentro pra te fazer rir, ou no meu caso milhões de palavras formando frases e textos que me fazem chorar, amargurar e sempre me perguntar por que comigo?!
Posso relembrar da leveza dos gestos, das palavras doces, dos dias mais lindos, sempre terminados em páginas a diante em situações se não cômicas trágicas.
Por que eu fui reler?
Talvez eu saiba a resposta e não a queira assumir agora... É o medo que paralisa que não deixa os sentimentos se aflorarem, é o pântano das minhas relações, um imenso espaço de areias movediças.
Me resta cegar-me e ter o desprendimento e a coragem suficientes para me jogar na infinitude de possibilidades que as diferenças podem trazer. E o tempo... Ah este tempo, que demore passar, que as páginas adjacentes corram ao largo desta história, que eu tenha coragem para enfrentar antes de tudo ou alguém, enfrentar e vencer a mim mesma.
Neste príncipe de rosto enevoado que se apresenta de palavras por vezes ásperas ao ouvido sensível, de sorriso largo e fala fácil, de uma simplicidade e ingenuidade a qualquer maldade do mundo. Que eu te leve histórias, lhe apresente os segredos ocultos nas páginas de tantos livros, eu só te peço para que me traga o que existe fora de todos eles, e eu sequer conheço o caminho que nos leva lá.

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