Adormecer.

E o sol inundou e tomou conta.
E o sol veio aquecer,
e florescer todas as coisas que ele cria.


E no meio do furacão, do vento que carrega as coisas sólidas para si,
como se fossem folhas de papel arremessadas na mesa.
Como se tudo construído tivesse seu dia final.
Eu vou ter de dizer Adeus.


E a chuva que vem sem misericórdia
arremessa o corpo amuado ao chão sem piedade.
Os braços não vou suportar abracar a dor.
As lágrimas iram suplantar os olhos.


Uma enchente de sentidos,
uma enchente de risos, choros, caretas, cheiros e gostos.
Uma enchente.
Não há dick que a contenha,
não há nada que a impeça.


Fechar os olhos não irá me livrar, 
Correr ainda me trará ao mesmo ponto.
Eu vou ficar e sentir a tragédia.
Eu vou adormecer e esperar.







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