A arte de se tornar um peixe fora d'água.


Ser um extra- terrestre em pleno planeta Terra, ou melhor talvez no planeta que eu conheço essa pequena cidade...Essa arte eu domino.
Na verdade creio que existam outros seres com pensamentos, comportamentos e ideias parecidas com as minhas em algum lugar deste vasto mundo. Meio raramente encontro alguns pares de mim mesma, eles são raros e geralmente vivem na clausura o que faz deles seres difíceis de se "achar" em sábados de sol dando sopa pelas ruas...
Beber?
Sim, pouco e casualmente.
Drogas?
Acho completamente inútil, e geralmente não tenho saco para pessoas sob o efeito dela.
Baladas?
Faz tempo que noitadas não fazem meu estilo, cansaço, dor de cabeça, gente chata e músicas ruins já não me atraem definitivamente.E isso não faz de mim um ser de outro mundo faz?
Por que não um simples barzinho, uma música em volume audível, onde se possa conversar com as pessoas...Conversar algo raro...Pessoas raras por essas bandas...
Geralmente o confronto de egos começa pela veste...Como não estar nos padrões de uma moda de vitrine barata, como não ter alisado seus cabelos ao sair, como não ter feito as unhas na manicure...Como você não foi naquele bailinho no clube?!
Você não gosta de carnaval????? Nessa eu quase sofro violência física. Mais de 1 final de semana em casa? Quase me internam em algum sanatório ou algo do gênero, pois é claro que uma jovenzinha de 24 anos, bonita, inteligente que ganha seu próprio dinheiro tem que aproveitar a juventude!Em baladas...
Não tenho nada contra as pessoas que saem, elas se divertem e tem nisso um nicho importante de suas vidas, o difícil é estar sempre só.
E não são baladas que iram me preencher. Não é um cursinho de violão. Não é a yoga.
Então o que é?
Porque sempre tenho esse sentimento de incompletude, de vazio, de saco cheio com tudo e com todos.
Não gosto daqui e isso é inerente, e a vida nos coloca algemas invisíveis que são difíceis de serem desgastadas, arrancadas e postas de lado definitivamente.
Talvez eu precise de um belo plano, um plano de fuga do que sou agora, de onde estou.
Fugir talvez amenize a questão.Nunca a resolverá.
Mas quem sabe em outro lugar no mundo eu não me sinta sufocar fora da água.
Me adaptar por hora é a palavra chave.Encontrar alguém para conversar.
Portanto companheiro aonde está você? Onde você se esconde?

























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