Até sangrar.

Existe uma menina parada naquela ponte,
Seus olhos marejados olham o horizonte vazios...Ocos.
Ela toda é só desgosto.
A anos não sorri naturalmente, nestes anos um dia não lhe faltou o que reclamar.
Dizem que sua dor a corrói diariamente.
Onde ela foi morar é tão livre que a sufoca.
É tão peculiar que a incomoda.
É tão bom para alguns que ela não compreende seu sofrer.
Alguns bons amigos a vida lhe ofereceu, e deles ela fez gosto.
Algumas alegrias a preencheram, até emocionada ela ficou. Ela se apaixonou...Porém em grande parte se mutilou emocionalmente, desdenhou do que poderia ser sua auto estima, se deteriorou enquanto mulher.
Esta menina gostaria de sangrar nas páginas toda sua dor por vezes até infundada como se o desgosto e tristeza fossem parte sua.
Essa menina queria voltar a escrever como antes, dos amores, das emoções. Mas...Elas não existem mais.
Seus amigos se foram.
Todos partiram.
Ela permaneceu inerte, a espera de si mesma.
Só de si mesma.

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