Cada vez.

Nunca vou conseguir escrever de forma a passar tamanha indignação, ódio e revolta até.
Cada vez que meu pai torna todos a sua volta seres invisíveis e dignos de serem desprezados.
Cada vez que alguém me olha com pena por que eu ainda ou talvez no pensamento deles nunca me case...
Cada vez que tenho que explicar porque professores são estressados.
Cada vez que eu tenho que explicar que preciso ser feliz sozinha para depois amar um homem.
Que quero ser mãe, mas antes quero estudar mais e viajar.
Passar a vida me justificando para que as pessoas me aceitem e deixem de tentar entender.
Não há nada para entender.
Isso me cansa, me deprecia.
Eu ainda tenho esperança no futuro.
Não nas pessoas.
Não sou seu mico de circo
Não estou a espera de um grande amor
Não estou a espera de nada além daquilo que eu possa buscar racionalmente
Não me importo se isso te incomoda
Não me importa se tenho 25 anos
E todas as boas moças com minha idade se casam e "formam suas famílias com um bebê a tira colo e um esposo prestimoso".
Entenda como feminismo.
Diga que falo isso porque sou sozinha, largada, encalhada
Entenda como quiser.
Como Marilyn tenho muitos homens em minha cama e nenhum no meu coração
Isso basta
Por agora isso me basta muito.
Não sou vagabunda,
Não sou nada do que seu preconceito interiorano possa pensar imaginar.
Eu só não sou para casar sem sentido
Para ter sustento, para ter lugar na sociedade, para ser esposa!
Tenho arrepios dessa palavra.
Quero ser companheira, quero um pai que saiba amar e educar um filho meu que não somente pague suas fraldas...Quero um companheiro para a minha vida.Não um modelo machista que chegará em casa exigindo seu jantar no seu devido lugar de ESPOSO.
E isso minha querida é bem mais dificil...Isso requer busca, encontro e paixão.Mais que isso requer identificação.
Não tenho pressa.
E me polpem de seus preconceitos.
Que não sou dessas.

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