Vira lata
Quando se é um cão vira lata
Qualquer afago parece amor
Quando não se ama a si mesmo
Qualquer suspiro exala ternura
Quando seu buraco pessoal é bem fundo e escuro
Nem os ecos conseguem te mostrar o caminho
Quando todos os lados são verticais e nulos
Nem garras te farão subir ao topo
Quando seus braços e pernas se negarem a caminhar
Nem qualquer palavra de ânimo lhe fará crer
Quando tudo chega ao seu limite existencial
Nada te faz ver e sorrir
Nem te faz lembrar
Que logo tudo passa e tudo voltará
Quando você é um cão vira lata
Na rua ou no cercado esperando ser adotado
Qualquer afago lhe parece amor
Qualquer olhar lhe parece de pertencimento
E na maioria das vezes a mão que te afaga
Se limpa logo ao passar por ti
Quando se está no fundo de si
Nada nem ninguém vai te libertar
De si mesma
Qualquer afago parece amor
Quando não se ama a si mesmo
Qualquer suspiro exala ternura
Quando seu buraco pessoal é bem fundo e escuro
Nem os ecos conseguem te mostrar o caminho
Quando todos os lados são verticais e nulos
Nem garras te farão subir ao topo
Quando seus braços e pernas se negarem a caminhar
Nem qualquer palavra de ânimo lhe fará crer
Quando tudo chega ao seu limite existencial
Nada te faz ver e sorrir
Nem te faz lembrar
Que logo tudo passa e tudo voltará
Quando você é um cão vira lata
Na rua ou no cercado esperando ser adotado
Qualquer afago lhe parece amor
Qualquer olhar lhe parece de pertencimento
E na maioria das vezes a mão que te afaga
Se limpa logo ao passar por ti
Quando se está no fundo de si
Nada nem ninguém vai te libertar
De si mesma
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