Paixão, paixonites... Nenhum amor real.


Sim eu fiquei matutando. “Jessica a mulher em estado permanente de paixão”. Frase muito significativa a meu ver. Estou ainda tentando decodificá-la, colocá-la na minha cabeça como um elogio e não como uma constatação de que realmente sou alienígena.
Revendo a mim mesma, não encontrei muitos dias dos quais estivesse inteiramente sozinha, digo livre dos meus pensamentos que me acompanham diariamente (noturnamente). E o mais dolorido é saber, visivelmente que a maioria das coisas fui eu mesma que criei, eu tenho um poder fantástico com minha imaginação, só não sei separar as emoções. Ou será que vêem em mim terra boa para plantar amores que não serão colhidos? Prefiro crer que são ervas daninhas que eu arranco e ainda sim voltam a crescer não se sabe como, e vão ficando ali num jardim descuidado, incomodando.
Já sonhei com tantos sapos virando príncipe que nem sei mais quem é quem. O qual devo tratar mal ou bem, aquele que me chamou de especial ou qual me disse que eu deveria procurar terapia, ou aquele mais dramático creio eu que me disse que eu não tinha jeito, era uma idiota completa mesmo.
Estado permanente de paixão... Estes dias atrás me disseram, “Você muda como o vento”, e como é difícil viver com duas coisas na cabeça, é como uma cruz e a espada ou no meu caso casar ou comprar uma passagem pra terra do nunca.
Eu não sou especial, muito menos imaculada. Eu provoco medo, insegurança, tenho pra mim que inspiro compromissos que ninguém mais quer assumir, inspiro mais tempo, empenho e risco. Perdas são riscos, perder é dolorido.
Eu não tenho mais o rostinho que tinha aos 15 anos, nem a disposição para me jogar de olhos fechados em amores que começam fadados a morrer. Também tenho planos demais no momento pra viver em busca de um, de um alguém, por mais chato que seja não ter com quem dividir.
Pra mim tudo agora é como um final de festa, cansei da música, das pessoas, já estou com minhas sandálias na mão. Quero ficar só pra me organizar, tudo ainda está girando, e eu quero descer.

Comentários

  1. Nossa... Se for relacionado ao que eu lhe disse, eu não sabia que teria provocado essa reação.
    Isso se foi do que eu disse...
    Anyway
    Sabe Jéssica, não é ser alienigena. Quem disse que os outros por não estarem nessa constancia são normais? Como que sabemos o que é ser normal?
    Normalmente quem vive nesse estado de paixão, são as mesmas pessoas que são tocadas por uma melodia, por uma frase, por uma poesia, enfim. E pessoas assim são sempre interessantes, apaixonantes e raras.

    E é perceptivel o "Amor Liquido" escorrer por entre as letras

    E quanto ao girar, se prepare para girar cada vez mais rapido, o máximo a ocorrer é ter alguma mão para agarrar para girar junto.
    Seja essa mao amiga ou mais que isso.

    E foi um elogio. Ao menos era para ter sido ahahahaha

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  2. É prima, estamos no mesmo barco mesmo!
    Como você disse estamos cansadas e sem saber no que acreditar, mas temos muitos outros objetivos pra buscar..
    Como diria Ana Carolina ' Não vou viver como alguém que só espera um novo amor, há outras coisas no caminho onde vou..'
    =D

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