Lua enuviada.
Corpos que dançam ao luar embaçado,
na lua perdida em suas nuances de inverno,
suor na noite fria, grama molhada, escuridão.
E no meio do negro da noite, das vozes desconhecidas também
senti mãos tentarem me conter, sussuros tentando me seduzir
num embalo de pernas, braços, afagos,
todos perdidos, nenhum deles roubados.
E o vai e vem de todos os sentidos, de todos os perfumes
a perdição se fazia a luxúria consumia.
E os olhares se perdiam, mais escuros que a escuridão.
Encontrar-se era perde-se,
entregar-se aos sentidos que já não se sentiam mais,
eram só corações despedaçados.
Era só a amargura da boca alcolizada,
eram só corações despedaçados,
assim o como o meu.
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