Caminhos, espinhos
Eu fujo de mim buscando novas cidades
temas
versos
músicas
roupas
pessoas
Eu fujo de mim porque me tenho medo
assim como todos os homens
assim como causo estranhamento na maioria das pessoas
Que me veem passar, sentem a força de que emano
Não preciso falar, sequer olhar
Fujo de mim
das minhas ideias loucas, dos meus quereres mais utópicos
Porque afinal eu quero o mundo,
e todas as suas possibilidades
Quero os sabores, os cheiros as dores
Quero acordar sem ter tido hora para dormir
Eu quero a rotina de ser mãe
A liberdade de escolher não me casar
Quero trabalhar por amor
e deste amor poder dividir alegrias trazidas por algum dinheiro.
Quero ter a saúde para viver muito anos
Ou talvez poucos anos mais que vividos.
Eu quero tudo,
e eu quero já.
Só não quero mais lágrimas,
mas também quero colo, quero ser notada
Não por vaidade humana.
Quero que olhem nos meus olhos e vejam a mulher quente ao inves da imagem fria.
Quando me calo consinto, muitas das coisas ruins que carrego em mim
Quero a sensibilidade dos que dizem que me amam
Quero ser vista, amada, cuidada.
Escreveu coisas muito difíceis, talvez, terríveis, que só você sabe e sente... ( o nosso inferno pessoal).
ResponderExcluirO grande problema quando nos abrimos para o mundo, num blog ou algo parecido,é que ganhamos com a catarse que proporciona, e perdemos com o arsenal de intimidades que estarão às mãos das pessoas que não gostam da gente - eles usarão sem dúvida para nos magoar, atacar pelas costas.
Escrever é um ato perigoso, difícil e na maioria das vezes, suicída - morremos ante uma nova construção de palavras que tentam explicar as nossas angústias.
Jamais escrevo algo para agradar uma pessoa se não houver merecimento...
Mas você, de fato, está escrevendo maravilhosamente bem ( não digo no sentido de concordâncias e sintaxes, digo no sentido de que seus textos nesses últimos tempos, estão muito bons, apaixonantes e perigosos.