auto não estima.

Auto estima, auto estima, auto estima...O mantra ... cantarolado durante os dias, semanas e meses...Ainda não entrou na minha cabeça. Quem sabe se eu rachar ela no meio eu consiga colocar algo do gênero lá dentro.
Reviro me e tento encontrar onde eu a perdi...Acho que faz tempo. Nada vem a minha mente, só as lágrimas vertem, só o peito aperta. Nada sólido, tudo flui dentro do corpo, tudo desagua.
A voz se cala onde tanto se expressa. Um nó uma tonelada dentro da garganta pesado de cuspir, impossível de soltar.Sempre ali, entalado.
Tanta mágoa, tanto sentimento, tanto amor.Tudo entalado, preso.
Eu me vejo parada naquela imagem adolescente de all star e cabelos mau arrumados, eu não consigo me vestir e portar como um corpo a venda, como um objeto sexual, com cabelos lisos e tingidos, com saias que deflagram o meu corpo para todos ao redor. Não consigo.Não entendo. E sei que não sou o modelo desejado.
A auto estima vai ao chão, minha beleza é complexa no falar, vestir e portar.
Não consigo...E nem quero. Mas nadar contra a corrente cansa, machuca é difícil.


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